sábado, 11 de outubro de 2008

Requiem ao Poeta Russo


Assim como eu muitos sabem onde estavam nesse dia.

Era um dia nublado em outubro, caía uma chuva fina como hoje;tinha saído cedo de casa para ir ao Hospital, passar visita.Ainda um pouco sonolento, pois tinha durmido tarde, após o aniversario de Helen ( minha irmã). Liguei o rádio, estava tocando uma música da Legião, e logo após passar o viaduto da Casa do Trabalhador, o choque_ o anúncio da morte do Renato Russo; peguei o celular e liguei pros meus irmaos e pra minha esposa. Depois, passei a tarde ouvindo as músicas, velando Renato, numa tristeza de fã. Desabafei na minha maneira, com minhas palavras_(Requiem ao Poeta Russo).

Viva Legião! Renato Russo vive!

é a prova que a existência é muito maior que se imagina."os bons morrem cedo


"Réquiem ao Poeta Russo".
Quem me dera ao menos uma vez
Ter visto teu canto
Tua dança, tuas piruetas
E tu vais repentino, cedo
Como teus versos quebrados
No limite extremo dum trocadilho

Ainda sinto o gosto amargo
A ressaca da tua morte
Esse veneno que nos tragou lento
Levou-te jovem

Escuto as canções
Sopram ventos do litoral
Precisamos nos cuidar
E quem mais dirá
O que se queria dizer
Sem a pretensão de querer aprovar
Quem falará dos casos simples da vida?

Parece vício louco
Mas é só tristeza
E meu filho (Que no fim terá nome de santo)
Ouvirá a Legião
Parece que chegará dias, noites
Tantas vezes ferozes
Dotadas de um mal
Que tentamos curas
Estamos reticentes, distraídos
Ainda é cedo, tu ires
Mas porque há tempos
Que os jovens adoecem?

Meu violão
Uns acordes desafinados
Agora num quebranto de dor
Vibram notas vazias
A poesia, a musica
Vagam pelos litorais
A ira dos deuses do silencio

Mudaram as estações
E como falar dessa saudade
De quem não vi?
É sina de românticos
Tu viajas sobre flores, lírios
Girassóis, hortênsias
Não estás só!


KKampus


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