Antes do poema, gostaria de dizer o quanto é valioso ter neste mundo pessoas como você, meu amigo. Embora não nos vejamos com frequência, não resta a menor das dúvidas que nos queremos muito bem e que torcemos pela paz, harmonia e serenidade sempre presentes em nossas vidas. Lembro com um misto de admiração tristeza daquele telefonema que me deste onde informava que teria que seguir para Fortaleza para tentar um querido amigo seu que perdera a esposa. E certamente ao receber dele esse poema do Quintana (Presença), acredito que gostaria de vê-lo publicado. Por isso tomo a liberdade de postá-lo em seu blog. Um afetuoso abraço, meu amigo, meu irmão em Cristo Jesus.
PRESENÇA:
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exacto e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
a folha de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu te sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho que fechar meus olhos para ver-te!
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