


A natureza é clara, mostra-se exuberante, extasia, quando se mostra pura: ser vivo que pulsa, em movimento e cor. O ritmo biológico não se conta em horas, se faz com os pássaros trilando na penumbra da alvorada... a névoa filtrando raios da manhã...a geada derretendo em gotas ao dia...o rumor das cascatas correndo , sempre...as nuvens fazendo desenhos inocentes no céu.
Os homens, os ditos civilizados atentam contra a natureza das coisas, a sua própria natureza. A vida caduca, enruga-se com sua presença; fica um rastro_ as cinzas , o ermo chão. Até quando eles vão destruir, fomentando desertos ? Quando vão aprender que as fazendas não fazem bem ? Será se vale destruir a floresta pra alimentar bois? Quantos índios mais seremos dizimados por sua ganância?Vejo-os como um Midas, de dom invertido, que por onde passa, vira prata (merda).
Não sei onde nasceu a maldade, esse instinto de destruição: tudo por dinheiro. Mas parece que as pessoas vão se vestindo com a mesma capa, buscando a felicidade em caminhos tortos, tão distante das veredas ,onde um olhar se perde e se encanta. O verde... O verde em suas formas e matizes, mostrando a conjunção de água, terra e luz, enquanto o fogo de Prometeu à espreita, fazendo promessas de extermínio e dourando o capim.
O homem tem que reinventar o homem; mudar as relações com seu ambiente, com os outros. Urge salvar a civilização, guardar o berço das próximas gerações , resgatar os bons que hoje vão ficando sozinhos, párias desse sistema selvagem. Assim , então, o lúdico não será mais raro, e o esplendor do planeta azul triunfará sobre o desvelo desses tolos que não sabem o que fazem.
Perdoa mãe-errante do universo!
K.Kampus.
“Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados”
(Vanessa da Mata)
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